quarta-feira, 19 de novembro de 2014


"Continue sendo o que és, mas sem medo do que o mundo lhe mostrou ser, as coisas vão passar e o teu coração irá se abrir pouco a pouco. Até porque as coisas acontecem, pois devem acontecer. E, mesmo se esse for somente um papo para nos apaziguar enquanto vida, que assim seja..."


Frederico Elboni

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Delicadeza não se ensina, é diferente do respeito. Delicadeza é temperamento, não se obtém com a idade, não é uma promoção da sensibilidade, não vem com a educação ou com a imitação dos pais. Delicadeza é um defeito maravilhoso, uma entrega irreversível. É uma loucura do bem, uma paranóia sadia. Oferecer mais do que foi pedido, oferecer-se á toa. Sucumbo diante da delicadeza: a delicadeza é gentileza refinada.

Não é um hábito, mas uma missão.

A delicadeza é vontade de abraçar com as palavras, beijar com as palavras, assumir as palavras. Gentileza não é para qualquer um. Não é boa ação , não é ajudar alguém atravessar a rua, mas ajudar a atravessar o rosto. Gentileza não pede recompensa, não conta pontos ao paraíso. Gentileza é ser mais do que estar. É cuidar sem precisar ser cuidado. É compreender sem necessitar perguntar. É uma compaixão por aquilo que não presta, mas que tem muito sentido. É passar livros que se gosta adiante, roupas que se gosta adiante, lembranças que se gosta adiante. Quem acumula não é gentil, gentil é quem não se economiza, não deseja colecionar pertecimentos. Delicadeza é uma felicidade que não acaba nem com a tristeza. É uma gana de viver que não termina nem com a dor. Delicados são os que guardam uma letra de música para dizer um dia a sua companhia predileta, é dançar coladinho na sala com a própria voz, é lavar pratinhos dos vasos na chuva.É se importar com aquilo que tem necessidade, é criar necessidades do nada. É perder tempo pensando no outro mais do que em si mesmo, é ceder espaço para o outro mais do que a si mesmo. É um gesto natural, amar a disposição, amar o que vem pelo acaso, amar o capricho, fazer as coisas tão acabadas que o embrulho é o próprio presente. Gentileza é uma paixão responsável.É quase uma telepatia se não fosse presença completa. A presença é sempre maior do que a telepatia.

Gentileza nunca é forçada, é espontânea ou não é, não pode ser explicada, não pode ser cobrada.

Ela não ocorre uma vez ao dia – ela é um estado permanente da audição, é segurar o mundo pelos ouvidos. A gentileza é a generosidade mais verdadeira, porque não depende de ninguém, não é um investimento, não traz juros para fé. Irrompe como um riso, e não tem autoria como a alegria.
É de todos em você.


Fabrício Carpinejar

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amor não se implora, não se pede não se... espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...


Artur da Távola






Agradeço ao universo todas as boas oportunidades deixadas em meu caminho, ainda que, por despreparo meu, eu não as identifique de imediato. Agradeço ter essa estranha mania de querer abraçar o mundo só com esses meus 2 pequenos braços e mais um punhado de sonhos. Sei, que sendo assim, me exponho, apanho, me abandono, me doo, mas é só assim que cresço e sinto gosto de dever cumprido. Sei que não pertenço a tudo que é pouco, raso e perecível e que, com isso, eu sofro, pois muitas vezes me envolvo, me culpo, me julgo, me sobrecarrego, mas antes de tudo me perdoo, pois só eu sei o quanto é puro tudo que me escapa alma afora e o quanto é duro viver dentro de mim. Agradeço abrir os braços e me sentir sempre pronta pra receber além do que é visível. E por poder dar espaço ao sentir, coisa tão rara no mundo desacreditado que vivemos. Agradeço saber respeitar meu tempo, a confiar no meu pressentimento e a nunca duvidar da honestidade dos meus pensamentos, que antes de estarem em mim, também respeitam quem esta ao meu redor. Agradeço saber que, através dos erros dos outros chego um pouco mais de mim. E no fundo, lá no fundo, agradeço essa insônia de vida que me puxa a coberta a noite trazendo frio, mas que tantas vezes, através de um sono vazio, me traz o melhor sonho sem que eu perceba.
Adormeço hoje, nessa madrugada, minha dor nos braços de um novo amanhecer.
E que nos primeiros raios de sol do dia, eu também agradeça meus dias de larva. Quem manda querer ser borboleta. Borboleta dói pra nascer.

Lilian Vereza