quinta-feira, 12 de novembro de 2015

" ...o problema é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego


sabe, nós imaginamos que o apego e o agarramento que temos em nossas relações demonstram que amamos,


quando na verdade, é só apego que nos causa dor.


porque quanto mais nos agarramos, mais temos medo de perder.


e então se nós, de fato, perdermos, vamos sofrer.


o que quero dizer é que o amor genuíno é...


bem, o apego diz: “ eu te amo, por isso quero que você me faça feliz.”


e o amor genuíno diz: “ eu te amo, por isso quero que você seja feliz.”


“ se isso me incluir, ótimo! “


“ se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.”


é portanto um sentimento bem diferente.


sabe, o apego é como segurar com bastante força.


mas o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam.


não é ficar preso com força.


quanto mais agarrarmos o outro com força, mais nós sofreremos.


porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso,


porque elas pensam que quanto mais elas se agarram a alguém,


mais isso demonstra que elas se importa com o outro.


mas não é isso.


elas realmente estão apenas tentando prender algo


porque elas têm medo de que se não for assim,


elas é que acabarão se ferindo.


qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro


será certamente muito complicado.


quero dizer que,


idealmente, as pessoas deveriam se unir já se sentindo preenchidas por si mesmas


e ficarem juntas apenas para apreciar isso no outro, em vez de esperar que o outro supra essa sensação de bem estar que elas não têm sozinhas.


e isso gera muitos problemas.


e isso junto com toda a projeção que vem do romance,


em que projetamos nossas ideias, ideais, desejos e fantasias românticas sobre o outro,


algo que ele nunca será capaz de corresponder.


assim que começamos a conhece-lo, reconhecemos que o outro não é o príncipe encantado ou a cinderela...é apenas uma pessoa comum, também lutando.


e a menos que sejamos capazes de enxerga-las, de gostar delas, e de sentir desejos por elas


e também ter bondade amorosa, e compaixão, será um relacionamento muito difícil. "


Monja Jetsunma Tenzin Palmo

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Prazer! Sou a Lua Carolina....



Ela é dessas que

Abraçam travesseiros


Abraçam as pessoas queridas

Pelo mesmo motivo, o gosto pelo sonhar

Ela é dessas que

Às vezes se sentem sozinhas

Mesmo quando cercada por pessoas

Mas ama estar acompanhada pela lua

Ela é dessas que

Apesar da dor provocada pelo fim

Sempre enxerga um recomeço atrás das nuvens

E não prolongam as tristezas

Ela é dessas que

Não escondem a idade, os erros e o riso

Ela é dessas que

Cantam alto, falam com as mãos e derrubam os objetos

Ela é dessas que

Esquecem que uma pessoa é bonita por fora

E ficam colecionando detalhes do lado de dentro

Ela é dessas que

Não culpam o amor por não ter dado certo

Pegam carona nas decepções

E vão em busca do amor

Sempre

Ela é dessas que...


Zack Magiezi


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Um dia as pessoas morrem na gente

É isto, nada além: um dia as pessoas morrem na gente. Pode ser um amigo que parece não se importar mais ou então aquele que telefona só quando quer ajuda, um amor que gastou todas as chances que tinha e nem toda dedicação do mundo comoveu, um primo de longe, qualquer um. Pode ser a criança que um dia morou dentro da gente, o sujeito que viajou pra longe sem dar adeus ou dizer que ia ou o visitante que chegou e nem ao menos um oi. Um dia as pessoas morrem na gente. Pode ser um dia qualquer, como hoje ou ontem ou a terça passada, um dia de agosto ou no meio do carnaval, um dia de formatura ou até no ano novo, um dia de vento sul ou calor dos infernos, de vestido curto ou jeans surrado, de boca nervosa ou falta de apetite, de cabelo desgrenhado ou os cachos no lugar. Um dia as pessoas simplesmente morrem na gente, e a gente esquece as tardes divertidas que passou no boteco, a esperança que alimenta quando ainda não viveu muito, a promessa de nunca esquecer; a gente esquece que um dia quis ficar junto pra sempre, que jurou um monte de coisas, que registrou em fotografias uma penca de momentos bonitos, que acreditou em tudo ou, exatamente como o Chico ensinou naquela canção, que ajeitou o nosso caminho pra encostar no caminho do outro. A gente faz força pra esquecer, porque sabe que precisa. A gente faz força pra esquecer, porque sabe que precisa. É isto, nada além: um dia as pessoas morrem na gente, embora continuem vivinhas da silva.

Ana Laura Nahas



terça-feira, 4 de agosto de 2015

MEREÇO ALGUÉM QUE SOME E NÃO SUMA


Mereço alguém que não abandone a conversa mesmo quando não mais tiver assunto pra continuar. Alguém que faça questão de sentar ao meu lado, que reverse o olhar, o abraço e a vida pra mim, que sempre encontre um espaço e um tempo pra me encaixar mesmo que a rotina seja bagunçada e o tempo curto demais. Alguém que confira se tranquei as portas, e se desliguei o café porque eu sempre esqueço. Alguém que saiba que amar não é obrigação, que zelar é um gesto importante e que o amor não se acaba com os erros. Alguém que tenha paciência comigo, que aceite o meu atraso porque sempre fui indeciso em escolher a melhor roupa pra não fazer feio. Alguém que entenda a minha mania de ansiedade. Alguém que apareça com um par de ingressos pro show do Nando Reis, que me leve pro cinema sem data ou hora marcada, que me faça bem, que me tire da cama e me apresente aos lugares, aos amigos e ao mundo. Alguém que me abrace mesmo suado, que me beije de manhã cedo sem pensar em bafo, que acaricie minha nuca e que, ao mesmo tempo em que me olha, diz com um só sorriso que sou importante sim.

Mereço alguém que me encare quando eu estiver distraído, que sorria da minha cara de preocupado e de assustado, que me ligue pra narrar o seu dia, que encoste o ombro no meu peito enquanto faz frio e o filme passa. Alguém que não precise de mim apenas nos piores momentos, mas que precise de mim sempre. Alguém que não tenha vergonha, nem orgulho, que some e não suma, que fique e não desapareça, que me entorte a cara se eu disser bobagem mas que, ao menos, me permita dar um beijo como desculpas. Alguém que me faça sorrir sem se preocupar, nem se importar se meu cartão de crédito está no vermelho ou se vou ter que pagar duas cadeiras na faculdade. Alguém que me faça esquecer os problemas só em sorrir pra mim e que me deixe com aquela sensação ao voltar pra casa de que o meu dia está ótimo mesmo quando esteja uma droga. Alguém que encontre nos piores momentos uma lição, e que nos melhores momentos encontre sempre um bom exemplo pra melhorar nossa relação. Não mereço alguém que não sabe o que quer, mereço alguém com certezas. Mereço alguém que seja sincero comigo e principalmente, que se entregue por inteiro porque eu não estou aqui pra receber metade de ninguém.

Não mereço alguém de conversa mole, que enrole, com meias palavras e cheia de desculpas. Não mereço alguém que me dê mais perguntas do que certezas, que seja a causa e não a solução pros meus problemas. Mereço alguém que troque seu domingo de praia por um domingo em casa, que acorde tarde e que use os meus chinelos sem se importar se são dez vezes maiores que seu pé. Alguém que repare o tempo mas que não tenha medo dele, que tenha mania de ler as noticias dos jornais só depois de ter lido o horóscopo do dia na página seis. Alguém que largue as roupas pela casa, que estenda a toalha no varal meio bagunçada, que se sinta bem comigo e que mesmo me mandando pro inferno, me procure. Alguém que chegue logo, que sempre adie a hora de ir, que fique pra agora e que vá só depois que a saudade se acalmar só um pouquinho. Alguém que não desista de mim e que me faça sentir que sou realmente importante e necessário.

Iandê Albuquerque

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Respire fundo pelo gato que, depois de anos sendo maltratado, graças a uma pessoa boa, agora pesa muitos quilos a mais, recebe cafuné ilimitado e dorme, todas as noites, em uma almofada macia. Respire fundo pela criança que, após tomar chuva pela primeira vez, sorri maravilhada com a simplicidade que cai do céu. Respire fundo pelos tantos bolos de cenoura feitos por avós memoráveis que, neste exato momento, estão no forno (os bolos, não as avós). Respire fundo pelo amor à primeira vista (aquele que nos faz dar com a cara no poste) e também pelo amor à milésima vista (aquele que cresce a cada dia de convivência). Respire fundo pelo amigo que, sem saber como agir, tenta fazer piada para evaporar o seu choro. Respire fundo pelos olhos deliciosamente arregalados das mulheres que recebem flores, chocolates e beijos na pontinha do nariz. Respire fundo pela criança que, ansiosa para pular sobre a cama, não para de perguntar se está chegando ao hotel. Respire fundo pela inevitável insistência das mães que não nos deixam, nem depois de adultos, esquecer a blusa em casa. Respire fundo pelo café que já está a cheirar e que logo estará em sua caneca preferida. Respire fundo por cada abraço que, acolhedoramente, insiste em não soltar você. Respire fundo por aquele que, como se fosse a maior das estrelas do rock, agora canta em um karaokê qualquer, mesmo sem plateia. Respire fundo pelas mãos que, mesmo cansadas, continuam a massagear pés e a arrepiar espinhas.

Respire fundo pelos beijos apressados que logo viram nudez e pelo riso envergonhado que damos quando os nossos dentes, sem querer, colidem com os dentes de quem nos beija. Respire fundo pelas vezes que comeu, sem nenhum recheio, massa de panqueca. Respire fundo pelas pizzas frias e amanhecidas que, estranhamente, parecem mais gostosas do que qualquer pizza quente e recém-feita. Respire fundo pela camiseta (velha e desbotada) que você, de tanto que gosta, faz questão de usar em todo sábado. Respire fundo pelo casal de velhinhos que desafiou a eterna insatisfação da nossa época e, desde 1978, ainda não enjoou de dormir de conchinha. Respire fundo pela cicatriz que, como uma lembrança tatuada em sua pele, faz com que você se lembre do esplêndido passado no interior e de uma linda jabuticabeira. Respire fundo pelo caipirinha inigualável do seu tio. Respire fundo pela sua barriguinha de chope que, ao contrário do que dizem por aí, é apenas reflexo – e motivo de orgulho – das maravilhosas experiências que você já viveu. Respire fundo pelos poemas do Mario Quintana e pelas frases da Clarice Lispector que, em muitos casos, nem dela são. Respire fundo pelas estrelas que ainda estão lá, escondidas atrás da poluição. Respire fundo pela Coca-Cola bem gelada dentro de uma garrafa de vidro e pelas cervejas, mais geladas ainda, servidas em copos americanos. Respire fundo pelos dias em que você, desprovido de culpa, faltou à academia. Respire fundo pelo tesão que parece bem maior quando estamos no mar, em dias de sol. Respire fundo pelas tantas séries boas que estão passando na tevê. Respire fundo pela viagem que fará no final do ano. Respire fundo pela cebola do Outback. Respire fundo pelo beijo que bate na trave e enche de vontade. Respire fundo pelos riffs dos Rolling Stones e pelos solos do Slash. Respire fundo pelo sol que logo nascerá e pela lua amarela que nos obriga, sempre que surge, a olhar para cima. Respire fundo por ter conseguido tirar a foto no exato momento do pulo. Respire fundo, pois o mundo, acredite se quiser, está abarrotado de coisas incríveis.




Ricardo Coiro

terça-feira, 23 de junho de 2015

SER FELIZ É UMA DECISÃO


Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar para uma casa de repouso. Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois, ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.

Uma neta dedicada a acompanhou.

Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto.

Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.

A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo:

– Eu adorei!

– Mas a senhora nem viu o quarto. Observou a enfermeira.

Ela não a deixou continuar e acrescentou:

– A felicidade é algo que você decide antes da hora. Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente. E eu já me decidi gostar dele.

E continuou:

– É uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia. Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei. A velhice é como uma conta no banco, minha filha, de onde você só retira o que colocou antes.

“Na juventude deve-se acumular o saber. Na velhice fazer uso dele.“


Jean-Jacques Rousseau


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Aos trinta


Aos trinta as exigências aumentam, a capacidade de dar resposta à elas, às vezes, também. O corpo da sinais, a maioria não é bom. Começamos a entender que emagrecer um tanto é bem mais difícil do que antes, o desafio passa a ser engordar pouco e de forma menos letal, isto é, comendo melhor.

Varrer toda a casa rápido, como fazíamos quando a mãe cobrava uma ajuda mensal, produz efeitos mais duradouros. Efeitos parecidos com os de ficar vinte minutos lavando louça depois que seus sete amigos foram embora e você disse: "não precisa, deixa isso aí".

O lugar do efeito? As costas, cuja musculatura pouco se usa, e quando se usa se faz errado, sem flexionar as pernas. Aos trinta começamos a dar valor aos puffs da sala, ao carrinho no supermercado e ao tênis com amortecedor.

Nessa idade já se esta maduro para dizer coisas com mais confiança, mas inexperiente para colocá-las em prática. Aos trinta trocamos a quantidade pela qualidade. Quando se fala em bebida, por exemplo, uma ou duas boas cervejas ficam mais interessantes que as dez das mais baratas de antes. O vinho de uma boa safra e uva toma lugar do Delgrano ou Sangue de boi.

Uns chegam aos trinta antes de ter trinta, outros já passaram dos trinta e não estão nem perto dos trinta. Sendo caseiro ou não, a sua casa ganha relevância depois dos trinta, ela vira refúgio, ninho e fortaleza. O lar, cada vez mais, é para onde você quer ir ou voltar, e não o lugar que se quer deixar.

Pedir ajuda fica mais difícil aos trinta, receber ainda mais. Você passa a ter que dar respostas para perguntas que ainda não foram feitas pela vida, mas pela sua ansiedade ou expectativa.

Chegar aos trinta pode ser uma carta de alforria para os resmungões, as reclamações ganham status etário.

Por outro lado, completar três décadas pode ser boa chance para reflexões quase vãs como essa, ou, também, pode ser apenas mais um aniversário.

Gregório Grisa




terça-feira, 16 de junho de 2015

Eis aqui um conselho: desfrute do poder e da beleza de sua juventude. Ou, esqueça... Você só vai compreender o poder e a beleza de sua juventude quando já tiverem desaparecido. Mas acredite em mim: dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas oportunidades se abriram e quão fabuloso(a) você realmente era.
Cante. Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável, e não tolere aqueles que ajam de forma irresponsável com os seus sentimentos. Relaxe. Não perca tempo com a inveja. Algumas vezes você ganha, algumas vezes você perde. A corrida é longa e, no final, você conta apenas consigo mesmo(a).
Guarde suas cartas de amor. Jogue fora seus velhos extratos bancários. Alongue-se. Não se sinta culpado se não souber muito bem o que quer ser ou fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham idéia, aos 22 anos, do que iam fazer na vida; outras, não menos interessantes, mesmo com 40 anos ainda não sabem.
Talvez você se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos 40, talvez dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento. O que quer que faça, não se orgulhe e nem se critique demais. Todas as suas escolhas têm 50% de chance de dar certo, assim como as escolhas de todos os demais.
Dance. Mesmo que o único lugar que você tenha para fazer isso seja sua sala de estar. Entenda que os amigos vem e vão, mas que há uns poucos, preciosos, que você deve guardar com carinho. Trabalhe duro para superar distâncias e estilos de vida, pois à medida que você envelhece, mais precisa das pessoas que conheceu na juventude.

Mary Schmich


quarta-feira, 20 de maio de 2015

A energia negativa que interfere na sua vida


Se você, de uma hora para outra, começa a sentir um cansaço inesperado, peso nos ombros, tonturas e outros incômodos, é melhor anotar essas dicas para ajudar a limpar a energia negativa.


Neste texto, Christie Marie Sheldon, explica de maneira simples, mas detalhada, como a negatividade faz parte de sua vida, muitas vezes sem que você perceba. O processo se dá da seguinte maneira:


“Você sabe que semelhante atrai semelhante, certo? Então aqui está o negócio: as pessoas positivas são atraídas para as energias positivas, as pessoas negativas são atraídas para as energias negativas.


Nós tendemos a perceber a energia negativa como algo que outras pessoas têm. Claro, às vezes nos sentimos negativos – como em “vá embora e me deixe em paz, mundo!” Mas você sabia que a negatividade pode ser tão enraizada em você que passa despercebida?


Isso porque a negatividade às vezes usa um disfarce chamado “realidade”. É fácil racionalizar e dizer que está “sendo apenas realista” em não ousar agir em um sonho – e acreditar nele!


Você pode supor que as pessoas positivas não estão sendo realistas – que estão sendo ingênuas, que estão em negação, com a cabeça enterrada na areia, que colocaram sorrisos falsos diante da dificuldade, e assim por diante. Mas são realmente bobos alegres ou há algo de bom na sua positividade?


Considere o seguinte: desde quando é que “ser realista” significa necessariamente que as coisas vão dar errado e que você tem que aceitar isso como verdade? Isso não significa que ser realista é automaticamente negativo. Quando você vê o mundo do ponto de vista “realista”, você não pode deixar de ser negativo se a sua versão da realidade é negativa.


Se a sua versão da realidade é negativa, você está condicionado a acreditar que tudo pode dar errado, vai dar errado e o que pode dar certo, provavelmente vai dar errado também. Suas crenças inconscientemente bloqueadas farão de você uma pessoa negativa sem que você saiba disso!


Portanto, se essa negatividade é tão enraizada em você que você nem a percebe, como você pode determinar se está preso em uma nuvem de energia negativa que está atraindo as pessoas erradas, situações erradas e sentimentos errados? E como você pode ter certeza que você não está perpetuando essa negatividade?”


Isso pode ocorrer com mais frequência do que você imagina. A dificuldade em perceber padrões de negatividade que podem ser transformados faz com que você acabe achando que as coisas não podem ser mudadas, esse é seu destino. E as situações que vão se repetindo constantemente vão aos poucos tirando o brilho e o prazer de sua vida.


Para verificar se isto pode estar acontecendo com você, faça o teste proposto por Christie Marie Sheldon:


“Aqui está um rápido teste para medir o nível de energia negativa dentro de você:
Você reclama? Todo o tempo ou apenas algumas vezes?
Você costuma discutir o que há de errado no mundo mais do que o que é certo? Isso inclui o tempo ‘terrível’, o tráfego ‘horrível’, o governo ‘idiota’, a economia ‘ruim’, o chefe ‘estúpido’, etc;
Você critica? O tempo todo ou apenas determinadas pessoas?
Você é atraído para o drama e o desastre? (você pode descolar-se da TV quando há uma notícia de um desastre e você pode evitar se envolver na vida das celebridades disfuncionais?)
Você culpa? O tempo todo ou apenas determinadas situações?
Você acredita que você não tem controle sobre a maioria de seus resultados?
Você se sente como uma vítima? Você fala de pessoas fazendo coisas para você?
Você é grato por aquilo que é ou vai ser grato quando as coisas finalmente começarem a dar certo para você?


Este dois últimos pontos são importantes:


.Se você não é grato, exceto quando as coisas dão certo, você é negativo. A gratidão é positiva. Se você é grato por aquilo que é (incluindo a escola desagradável das lições de vida), então você pode convidar mais e mais energia positiva em sua vida.


. Acreditando que as coisas acontecem para colocar você no papel de vítima, é fácil ser negativo, porque é conveniente dar-se esse poder. Portanto, considere esta alternativa: de quem ou do que é a culpa quando as coisas boas acontecem para você? Você reconhece que é responsável pelas coisas boas – como você trabalhou duro, você ganhou, etc … mas culpa eventos externos ou outras pessoas por suas falhas? Então como é que, quando coisas boas acontecem, elas são um resultado do que você faz, mas quando coisas ruins acontecem não são culpa sua? Ninguém gosta de ouvir isso. É preciso coragem para aceitar que você cria a sua experiência de vida!


Se você respondeu sim a alguma das perguntas acima, você está segurando a energia negativa em algum grau! Para limpar a sua energia negativa e elevar a sua vibração, você terá que treinar-se para escolher uma atitude positiva.


Aqui está outra ideia interessante a considerar: você já reparou que as pessoas positivas parecem conseguir o que querem da vida, e mesmo se as coisas não ocorrem à sua maneira, elas ainda desfrutam de suas vidas … enquanto as pessoas negativas lamentam e reclamam sobre os seus infortúnios, mesmo sobre as coisas boas em suas vidas?”


Ficou claro como todos esses pensamentos e todas as palavras aparentemente comuns, habituais, afinal, “todo mundo fala”, vão construindo – ou melhor – desconstruindo a sua vida? Você acaba ficando presa numa rede de energias negativas, e quanto mais se debate (ou quanto mais pensa e fala do mesmo modo), mais fica presa a ela.


Se você quer sair disso, transformar sua energia, pensar diferente, você precisa se empenhar. Todo hábito pode ser modificado, mas exige atenção, vontade, constância.


Em apenas três passos, Christie Marie Sheldon propõe uma maneira de você iniciar esse processo para limpar a energia de negatividade e dar início à sua transformação interior:


“1. Aproprie-se: “Quando você pensa que tudo é culpa de alguém, você vai sofrer muito. Quando você percebe que tudo nasce apenas de si mesmo, você vai aprender a paz e a alegria. “- Dalai Lama


2. Cancele pensamentos negativos e substitua-os por pensamentos positivos. Isso requer prática, dedicação e tomar uma decisão de ver o mundo através dos olhos de “o que pode dar certo” em vez de “o que pode dar errado.” Você vai ter que pegar a si mesmo quando você estiver agindo ou falando da sua negatividade, e imediatamente mudar sua melodia.


3. Visualize o positivo em vez de ficar sugando negatividade; supere condicionamentos passados, pense intuitivamente com a alma, em vez da “realidade”; crie uma nova e desejada realidade em sua imaginação para que se manifeste no mundo exterior. Ninguém quer a energia negativa para permear suas vidas, mas muitos de nós permitimos isso. Mas nós permitimos inconscientemente, com base no condicionamento passado que sugere um resultado inevitável de determinadas situações. Quando você superar esse condicionamento e perceber que o futuro não está gravado em pedra, mas que você tem mais controle sobre suas circunstâncias do que você acredita – então você pode começar a projetar conscientemente sua vida.


O que vai acontecer então? Sua energia positiva irá atrair magneticamente o que você considera ser bom e certo para você: as pessoas, situações, coisas … e você vai notar um aumento enorme, enorme na sua felicidade e paz interior.


Porque não escolher a energia positiva? Faça algumas alterações no interior, e você verá rapidamente mudanças positivas em sua vida. Aproveite os bons sentimentos e abundância!”


Aproveite as boas dicas e coloque-as em prática.


O melhor na vida é se sentir cada vez mais feliz, para trazer cada vez mais felicidade.


Fonte: José Batista de Carvalho

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A ti, que sofres....


Quero-te dizer que não é para sempre.

Aceita essas palavras de alguém que andou nos teus sapatos doridos. Nas tuas roupas sem piada. Nos teus acessórios que te pesam.

Sei que te sentes sozinho(a). E estás sozinho(a).

Sei o esforço que fazes por parecer bem, só para que não te afastem… a ti e à tua tristeza incómoda. Também sei que queres estar afastado(a). Conheço toda a contradição que vai dentro de ti. Conheço todos os teus sentimentos de egoísmo, de revolta, de saudade e nostalgia. Sei que todos eles podem acontecer no espaço de meia hora, ou menos do que isso até.

Sei que hoje de manhã um novo dia raiou para ti e que até sorriste em paz, mas que ainda antes da hora de almoço já só sentias sombras outra vez. E que os dias deixaram de ter 24h e passaram a ser uma semana.

Sei das lágrimas que pões para fora quando ninguém vê. E também sei daquelas que contiveste tanto tempo e que saíram quando menos esperavas e querias.

Tudo o que te dizem é vazio, por muito boas que sejam as intenções. Pois só tu sabes. E a verdade nua e crua é esta: tu estás sozinho(a).

A dor que sentes mais ninguém pode compreender ou curar. E não podes julgar ninguém por isso. Se pensares bem, esta dor não é igual a mais nenhuma que tenhas passado. É diferente de todas as outras… porque esta… esta é de agora. E é tua. Só tu sabes.

Mas quero-te dizer que não é para sempre.

Este é o teu processo. Estás sozinho(a) nesta dor e estarás sozinho(a) no dia em que emergires dela. A vitória é tua e só de ti depende. Isola-te, mas só enquanto tiver que ser. Chora, mas só o suficiente. Perdoa, e deixa ir, mesmo que não esqueças. Rodeia-te de quem gostas, mas não exijas muito das pessoas. Sei que não parece, mas elas também têm os seus problemas. Permite-te acessos de raiva, mas não magoes ninguém. Permite-te também alguma loucura, mas não te esqueças da tua essência nem do teu caminho. E quando a impulsividade descontrolada vier, liga a alguém. Vai dar uma volta. Vai ouvir música. Espera pelo menos uma hora antes de cederes a ela… e na maioria das vezes vais recuar e poupar-te a mais dor.

Lembra-te que ninguém tem o direito de julgar a forma que encontraste de juntar os bocados que te partiram. Mas lembra-te também que algumas dessas pessoas que o fazem sabem quem és, antes e debaixo da dor, e preocupam-se com sinceridade. Ouve-os. Fala-lhes. Mas em última instância, ouve-te a ti. Tu sabes o melhor para ti. É provável que neste processo algumas pessoas ganhem mais importância para ti e que outras fiquem pelo caminho. Não lamentes. A tua limpeza interior vai refletir-se no exterior e esta também é necessária. Compreenderás isso mais tarde.

Quero-te dizer que não é para sempre.

Não vai acontecer de um dia para o outro. Talvez até nunca desapareça completamente. Mas vou garantir-te isto: os dias, a pouco e pouco, começarão a ter 24 horas novamente. Os dias, a pouco e pouco, terão mais raios de sol e cada vez menos sombras. Os dias, a pouco e pouco, deixarão de ser apenas dias. A pouco e pouco, vais começar a devolver vida aos teus dias e aos dias de outros. A reencontrar-te. A emergir.

Vais chegar ao ponto de olhar para trás e de verdadeiramente compreender e aceitar a dor onde estiveste mergulhado(a). Já não importará o que te fizeram ou o que fizeste a ti próprio(a). Foi necessário. Foi uma aprendizagem. Foi o que tinha que ser. E se lutaste pela tua felicidade, e deste o melhor que podias e tinhas na altura, nada mais podes exigir de ti... É muito importante que interiorizes isso: Tu fizeste o melhor que podias nas circunstâncias de antes.

O caminho agora é em frente. Que o sigas tranquilo(a) e mais confiante de ti e dos teus limites. E, finalmente, que sejas feliz… Não tenhas pressa no processo, mas não te demores no sofrimento inerte. Estás aqui e estás vivo(a). O mundo precisa de ti e está à tua espera.

Carla Pacheco

terça-feira, 14 de abril de 2015

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Dr. Drauzio Varela

quarta-feira, 4 de março de 2015

Por sapatos (e amores) que não machuquem

Amores são como sapatos: os melhores são os que machucam. Quanto mais nas alturas eles nos elevam, mais duro é voltar a ter os pés no chão quando a festa termina.

Não é bem assim.

De que adianta viver rodeada de scarpins salto 15 se eles não foram feitos para dançar a noite inteira? E a história se repete. É descer do salto e andar de pés descalços sujeita a cacos de vidros no chão. Pois, é melhor correr o risco de se cortar do que parar de dançar, não é?

Sapatos (e amores), também precisam ser do número certo. Os maiores são frouxos, sobra muito espaço vazio, abandonam os pés e se fazem perder pelo caminho. Os menores apertam, sufocam, fazem sangrar e causam feridas pela falta de liberdade. De ambos os jeitos, exigem cuidado demais a cada passo para evitar tropeços no primeiro paralelepípedo. Dificultam a caminhada. Tornam impossível pegar a estrada e seguir adiante.

Não adianta se contentar com o “quase serviu”. Sapatos, assim como amores, não mudam seu jeito de ser só porque nos apaixonamos por eles.

Sapatos (e amores) precisam ser confortáveis, companheiros para enfrentar a caminhada junto. Precisam nos encorajar a trilhar um caminho leve, sem dor. Alguns se desgastam com o tempo, outros cedem e se rompem. Tudo bem. Aquele sapato (ou seria amor?) simplesmente não serve mais.

A busca hoje é esta. Por sapatos e amores que não machuquem e que nos levem cada vez mais longe.

Luiza Garmendia

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015


A tristeza de um "quase"



Foi quase gol. O que não o impediu de chorar pelo time, rebaixado, desmoralizado e humilhado mais uma vez.

Debruçara-se à janela quase a tempo. Mas perdeu a mais intensa chuva de estrelas cadentes dos últimos vinte anos.

Tirara quase sete. E ainda assim, teve que trocar o videogame por boas horas de estudo para a prova de recuperação.

Chegou quase às dezesseis. O que impossibilitou que tomasse o ônibus das quinze e cinquenta e quatro.

Juntou quase um bilhão de reais. O que não foi suficiente para que fizesse parte da lista dos mais ricos do mundo pela Forbes.

Ganhara quase sete quilos. Mas ainda assim, não era gordo o suficiente para entrar na fila da cirurgia bariátrica pelo SUS.

Quase fora diagnosticado com dengue. O que não foi suficiente para que pegasse duas semaninhas de atestado médico.

Quase fora promovido. Porém, como continuara sendo estagiário, não teve condições de pagar a viagem dos sonhos para o pai em estado terminal.

Há algo mais nocivo do que um quase? Do que uma quase conquista? Do que uma quase certeza? Do que um quase amor? Viver na iminência é ter um pé na beira do abismo e não poder se jogar ao mar. É ver o trio elétrico e não poder correr atrás por causa da perna engessada. É esticar os braços para fora da janela e perceber que o trem é tão veloz que sequer os dedos se tocaram. Porque sempre que a gente quase, a gente não foi. Sempre que a gente quase, a gente não é. Sempre que a gente quase, a gente não será.

Pela primeira vez na vida, quase gozara. Mas morreu sem saber o que é ter um orgasmo.

Bruna Grotti

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Não, eu não te levo a sério


Olha, eu penso em você de vez em quando. E isso não é nenhuma confissão inimaginável. Não dá pra dizer que os teus olhos pretos e brilhantes feito duas faíscas nunca me fizeram querer voar pra perto de você. Não dá pra dizer que eu nunca quis a tua barba na minha nuca sem parecer mentira.

Na verdade, de vez em quando é bondade minha. Eu penso quase sempre. No som da sua risada e no cheiro que a sua pele deve ter depois que você se veste.

Até seus versos me deixam com o coração pequenininho e uma cara de boba que tenho vergonha de que alguém veja. Até sua risada ao telefone me desestabiliza. Você é sempre tão envolvente ou me inferniza desse jeito só por diversão?

Não me conta seus problemas. Não me diz que você tá puto ou que sente saudades. Desculpe a franqueza, mas não me interessa. Não quero conhecer teus defeitos, teus segredos, tuas profundezas. Tua superfície me satisfaz tão bem.

Porque você é essa mentira. Esse futuro do pretérito. Você é aquilo que nunca vai ser. Tem coisas que foram feitas para não ser, sabe? Fica quietinho aí. Só sorri de vez em quando pra mim e escreve umas coisas que me façam pensar em você e te querer por perto, que o querer é quase sempre mais gostoso que o conquistar. Me dá esse aperto no peito de presente, meu bem. Quem sabe um dia a gente se cruze por aí e eu te dê um oi ou te convide pro cinema, e a gente saia por aí preenchendo essas nossas eternidades que duram cinco minutos.

Nathali Macedo
"Nada dura para sempre, então viva isso, beba, ria, esqueça o drama, arrisque-se, e nunca se arrependa, porque em um ponto, tudo o que você fez, foi exatamente o que você queria."

Marilyn Monroe