quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Mulher rock'n'roll

Mas se engana quem pensa que ser uma “mulher-rock'n'roll” se resume, apenas, a ter um iPod preenchido, principalmente, pelo som que o diabo gosta. Ser uma “mulher-rock'n'roll”, para mim, é ter atitudes que, por grande parte da sociedade (a parte que tem a bunda mole), não são consideradas como “coisa de mulher”. E, principalmente, não dar a mínima importância para o que pensam sobre o que elas pensam, ouvem, curtem e fazem.

A “mulher-rock'n'roll”, quando sente fome e está a fim de dar um pontapé na bunda do regime, sem se importar com aqueles que vivem a dizer que as fêmeas devem comer pouco – ou quase nada! -, destroem metade de uma pizza (com borda e tudo!), e sorriem como criança em dia de Natal quando o garçom informa que o refrigerante é refil; ou seja, são as companhias perfeitas, certo? Não estou dizendo que elas não cuidam da saúde ou que nunca comem fibras e coisas verdes que ajudam o intestino a funcionar, porém, costumam ser ótimas companheiras de garfo – ou guardanapo sujo de óleo - em churrascos, botecos, barraquinhas de dogão e feiras nem um pouco gourmet. Elas não têm frescura e, quando uma abelha mergulha na garapa delas, ao invés de escândalo, apenas tiraram a inseto de dentro do copo e continuar a beber.

A “mulher-rock'n'roll” já curte MMA antes mesmo das aparição da Ronda Rousey no UFC. Ela assiste à porrada não apenas pelos corpos sarados que vê sobre o octógono, mas, também, por achar que um Demi-Plié (passo de balé), perto de uma canelada na cabeça ou de um mata-leão bem encaixado, tem tanta graça quanto as piadas do Zorra Total.

Resumindo: a “mulher-rock'n'roll” é, antes de qualquer coisa, uma pessoa de atitude e que não está nem aí para o que inventaram que ela deve curtir. E claro: ela é uma fantástica companheira para noites regadas a sexo, bacon e rock ‘n’ roll , em qualquer ordem que você quiser, ou, se preferir, tudo junto e misturado.

Ricardo Coiro

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